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segunda-feira, outubro 21, 2013

Análise: Devil May Cry 3 HD

Analisado por redhellc



Renascimento no número 3
Ok, então a sequela não foi muito boa, mas isso será que significa o final? Nope, a Capcom quis tentar outra vez, mas desta vez com uma nova visão para o jogo. Uma que tenta captar o carisma do primeiro jogo, mas mesmo assim tentando algo de novo.
Assim temos um terceiro jogo na série, Dante’s Awakening, uma prequela ao primeiro jogo, que segue a história de um Dante mais jovem. Será que com este jogo, Dante está de volta à sua forma?


Problemas de Família  
No início do jogo a lenda do demónio Sparda e dos seus filhos, Dante e Vergil, é novamente recordada. Sim, Sparda tem dois filhos gémeos, algo que foi “insinuado” no primeiro jogo. Bem, aparentemente, os “bons” irmãos não se dão muito bem, já cruzando as suas espadas umas quantas vezes. Desta vez, Vergil surge com uma enorme torre no meio da cidade, Temen-ni-gru, e oferece um “cartão-de-visita” a Dante. Como seria de esperar este aceita-o e segue em direção ao topo da torre para combater contra Vergil. Mas vemos que os irmãos não estão sozinhos na torre, visto que outras personagens percorrem-na com os seus próprios objetivos, dando origem a uma ou outra surpresa na história.
A história propriamente dita está muito melhor que os títulos anteriores tendo um ritmo de progressão bastante razoável e vemos como foi aplicado muito mais trabalho nela só pelo número de cutscenes que existem no jogo. As cenas de ação são espetaculares, como esperado na série. As personagens estão bastante boas e bem representadas, observando especialmente Dante de volta a si, é sem dúvida muito fixe. As vozes das personagens também receberam uma melhoria, se bem que ainda é um “tiro no escuro” em alguns casos. 


Estilos em combate
Quando entramos em combate podemos constatar o esforço que foi feito em recriar a sensação oferecida no primeiro jogo, e mais ainda.
 Dante apresenta-se muito mais ágil, e realizar combos é bastante mais fluído como no jogo original. O sistema de combate também recebeu um “upgrade”, Dante agora pode usar diferentes estilos de luta, em que cada estilo foca-se numa especialidade, como por exemplo masterizar a arte do desvio ou o uso de armas. Como se não bastasse uma coleção de armas novas para usar durante o jogo, temos agora também esses estilos de luta que diversificam as opções que o jogador usufrui nas batalhas, aumentando a oportunidade de re-jogar o jogo de maneiras diferentes. Ou seja Dante está melhor que nunca, mesmo que tenham reduzido um pouco a utilidade da habilidade “devil trigger”. Podemos ainda jogar com o seu irmão, com estilos e armas próprias, um bónus bastante agradável.
Inimigos e “bosses”, também estão presentes em grandes quantidades e são diversos. Alguns “bosses” podem ser um pouco irritantes devido a ataques baixos, mas no geral estão bem explorados, apenas desapontando um pouco nos bosses finais.
A exploração continua presente no jogo agora com mais secções de plataformas, a uma escala um pouco maior. Mesmo assim consegue replicar a sensação do primeiro jogo. A camara já não incomoda tanto como nos outros jogos, ao ponto em que certas áreas é possível controla-la. Apresentando um trabalho pior em comparação ao primeiro jogo, no que toca em indicar o que fazer em certas áreas, não falhando muitas vezes à exceção de uma área ocasional que pode gerar dor de cabeça.


Uma sensação de “badass”
O jogo volta a uma disposição mais divertida, na qual somos envolvidos por cenas de ação empolgantes, mas em torno de um ambiente demoníaco, invocando suspense e terror. Os gráficos também receberam um upgrade, e encontram-se à altura da época final de consolas como a PS2. O HD do jogo está bem incorporado sem saltos entre resoluções e é provavelmente o melhor dos 3 jogos, mas isto provavelmente já estava trabalhado na versão que eles usaram que tinha sido melhorada para o PC.
E a música? Esta é brutal, não consigo parar de ouvir o tema do jogo “Devils never cry”. Se há coisa que eles acertaram em cheio é a banda sonora, adequa-se a todas as situações mantendo um ritmo frenético nas batalhas e mais calmo nas explorações. Conseguindo ainda ser épica quando necessário.


Jackpot
Sem dúvida este jogo não apenas faz jus ao primeiro da saga como ainda o supera, o suposto de uma sequela. A história não está má de todo, a jogabilidade está muito boa e a apresentação é um tiro certeiro. Não tenho problemas em recomendar Devil May Cry 3 a fãs do género.
No que toca a coleção HD, penso que podia ser melhor, especialmente no que toca ao primeiro e segundo jogo. Mas pelo preço, extras e facilidade de jogar em consolas mais recentes vale a pena a versão HD, mas saltem o segundo jogo é um conselho meu.

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