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sábado, setembro 28, 2013

Análise: Devil May Cry 2 HD

Analisado por redhellc


Recarregado e pronto para a sequela
Obviamente depois do sucesso que o 1º jogo teve, a Capcom decidiu lançar uma sequela para o jogo, mas alguma coisa correu mal. O jogo, que não foi feito pela mesma equipa do primeiro, parece notoriamente diferente do original. Claro que ser diferente muitas vezes não significa pior, mas cada caso é um caso, e neste caso não é esse o caso... Pois… Continuando…  


Procura-se Interesse
Bem, não se pode dizer que a história do último jogo era uma obra-prima, mas conseguia entreter, coisa que esta falha. Quando a introdução de um jogo começa com uma cutscene onde não existe explicação nenhuma, mas sim um concurso de olhares, isso não é bom sinal. Depois de jogarmos uns largos minutos somos finalmente apresentados à história do jogo: parece que um grande empresário está a usar poderes demoníacos para transformar aquela terra num campo de lazer para demónios e Dante tem que o parar. Depois disso a história é praticamente inexistente. OK, ponto 1: visto que as personagens são feitas de cartão e não têm nenhuma personalidade, a pouca história que temos é extremamente aborrecida. Ponto 2: se isto é uma sequela, onde está a ligação ao primeiro jogo? Pois, podemos ver que a continuidade foi atirada pela janela fora. Obviamente, um ponto fraco do jogo.


Combo quebrado
Mas se há ponto onde o jogo mais desaponta é a jogabilidade. Obviamente, a equipa não percebeu o que tornava o jogo original divertido. O jogo anterior tinha uma série de combos que podiam ser usados fluidamente e rapidamente, mesmo quando a armas eram mais lentas, isto combinado com armas secundárias, levavam a várias maneiras de derrotar um inimigo. Neste jogo temo que as únicas armas que vão precisar é as pistolas, elas estão muito poderosas e muitos inimigos não estão preparados para ataques de longa distância. A espada é extremamente lenta e pouco fluida, quando comparada ao jogo anterior, que juntamente com o fator anterior a torna completamente dispensável. A sério, basta usarem as pistolas e desviarem-se do ocasional ataque para derrotar inimigos e bosses, e se, mesmo assim, perderem vida, usem o devil trigger visto que se tornam numa metralhadora que recupera um pouco de vida a cada ataque. Outra coisa adicionada são umas jóias que dão “novos” poderes à forma “devil” de Dante, novos neste jogo, porque no jogo anterior tinha-se acesso a quase todos estes poderes de uma só vez. Aqui tenho que estar a parar o jogo e a equipar a jóia certa, o que quebra o ritmo do jogo. Mais uma pequena coisa irritante é o “auto-lock” sempre ativo. Porquê? Quando queria acertar num objeto do campo, não conseguia porque o Dante passava a fazer mira aos inimigos, e isto torna-se extremamente irritante quando é uma área onde os inimigos não param de aparecer e temos que completar o puzzle acertando num objeto.  
A exploração também levou um corte, sim agora os níveis são maiores, mas são totalmente vazios de personalidade, sem nada que os faça interessantes. E muitas vezes existem sítios onde o jogo faz um muito mal trabalho em explicar o que fazer. O primeiro jogo muitas vezes tinha pistas para te indicar no caminho certo. Este, nem por isso. Vi-me muitas vezes perdido sem saber o que fazer ou para onde ir, coisa que não acontecia no primeiro jogo.  


Yeah, sou hardcore!
O título diz tudo quando se trata na apresentação do jogo, tenta ser muito “hardcore”, negro e coisa e tal. Mas com isso perde a vida que o jogo anterior tinha, aquela sensação de mistura entre suspense, terror e badass desapareceu. Em vez disso temos um Dante demasiado sério para o seu próprio bem, com uma história que tenta ser mais do que é.
Sim, a nível gráfico é melhor, mas o estilo do jogo é tão desinteressante que não tem apelo nenhum. Junta-se com uma banda sonora esquecível e tem-se uma receita para um jogo com uma apresentação que raspa o medíocre.
O HD deste jogo ao menos é uma melhoria quando comparado ao primeiro jogo, se bem que era de esperar num jogo mais recente. Mesmo assim de vez um quando ainda sofre de algumas alterações de qualidade e resolução.      


A última bala
Sem dúvida o jogo pode chamar-se Devil May Cry, mas quem quase chorou com este jogo fui eu. A história é muito fraca, a jogabilidade foi incrivelmente cortada e a mística que tinha o jogo original foi perdida.
Não é que o jogo seja muito mau, mas comparado com anterior é muito fraco. Os fãs do franchise até podem encontrar um pouco de diversão, mas às outras pessoas eu digo para saltarem este jogo, não vale a pena o esforço.

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